A origem da palavra “Drone”.
(Foto: Divulgação/Creative Commons)
Logicamente, a palavra “drone” não é
de origem brasileira. Ela é oriunda da língua inglesa e nem sequer é o nome
técnico deste tipo de equipamento. Drone é mais uma palavra comercial ou
apelido para estes objetos voadores.
Em inglês, esta palavra quer dizer
zumbido ou zangão. E ela é apropriada para um drone, pois a maioria deles
utiliza hélices para voar. Desta forma, eles produzem um zumbido tradicional, o
que acabou dando nome a estes objetos voadores.
O que são Drones?
Drones, em geral, são objetos
voadores que se parecem com mini-helicópteros. Porém, alguns modelos lembram
réplicas de jatos e os mais comuns possuem quatro hélices, conhecidos no
exterior como quadcopters. Porém, a variedade deles é bem grande. Podemos
encontrar drones com até oito hélices, modelos que usam combustível de verdade
para voar e outros que se valem de baterias para adquirir energia.
Drones são para uso recreativo
(Foto: Flickr/Don McCullough
Eles se prestam às mais variadas
serventias. Por exemplo, eles podem ser simples instrumentos de lazer, apenas
um hobby para alguém. Visto que o intuito é puramente recreativo, as leis
brasileiras encaram esse equipamento como um aeromodelo. Podem, ainda, servirem
para propósitos comerciais, tais como filmagens, entregas de pacotes, pesquisa
científica, dentre outras coisas. E é justamente aí em que se define o que são
drones, o que são VANTs e o que são RPAs.
(Foto: Reprodução/Mercado Livre)
A lei brasileira não faz qualquer
restrição quanto às compras de drones no mercado, sejam elas feitas online ou
em lojas físicas. Você pode comprar drones de qualquer tamanho e potência,
desde que seja para uso recreativo e você siga certas determinações. Dentre
elas: os drones não podem ser usados em áreas densamente povoadas; eles não
podem ser pilotados em áreas próximas a aeródromos; a altitude máxima permitida
é de 121.92 metros e só pode haver público se você for um usuário experiente e
houver segurança durante o voo, para evitar qualquer acidente.
Porém, não há necessidade nenhuma de
licença para se divertir com o drone, desde que as regras supracitadas sejam
obedecidas. Estas diretrizes estão expostas na Portaria DAC Nº 207, de 07 de
abril de 1999, e estabelece as regras para a operação do aeromodelismo no
Brasil.
VANTs são para uso comercial e
profissional
Embora tecnicamente os VANTs sejam a
mesma coisa que os drones, ou seja, possuem hélices e são veículos não
tripulados, eles se diferenciam pelo seu propósito de uso. VANT é a sigla para
Veículo Aéreo Não Tripulado. O seu objetivo, como já mencionado, é puramente
comercial ou, ainda, para fins de pesquisa científica e experimentos.
Além de terem objetivo comercial, de
pesquisa ou experimentos, os drones precisam de mais uma característica para
serem considerados VANTs. Ele precisa possuir uma carga útil embarcada, que não
seja necessária para o equipamento voar. Por exemplo, uma câmera de filmagem ou
ainda um produto, como uma pizza ou carta.
Exemplo de drone para uso comercial (Foto: Divulgação/Amazon)
No Brasil, por exemplo, muitos VANTs são usados para proteção de fronteiras ou, ainda, para o mapeamento do desmatamento na Floresta Amazônica. Em outros países, como Estados Unidos e Canadá, os VANTs já são usados para irrigar plantações e até para bombardear inimigos.
A legislação brasileira ainda proíbe
o uso de “Aeronaves Autônomas”, que são aqueles drones que não precisam de
alguém controlando remotamente o dispositivo. No Brasil, só são permitidos os
VANTs do tipo RPA (Remotely-Piloted Aircraft) ou, em bom português, Aeronaves
Remotamente Pilotadas. Em outras palavras, os VANTs, no Brasil, precisam de um
piloto, de alguém que controle o objeto voador remotamente.
Não basta ter o objetivo
diferenciado, uma carga útil embarcada e ser considerada como um RPA. OS VANTs,
para voarem, precisam de licença. Há dois tipos de licença para VANTs, a AIC e
a CAVE.
(Foto: TechTudo/Melissa Cruz)
AIC é a sigla para Circular de
Informações Aeronáuticas, e elas servem para VANTS de uso comercial. Imagine
uma empresa que queira entregar encomendas via drones. Ou, ainda, imagine que
você queira filmar o seu casamento ou sua festa usando um destes equipamentos.
Você precisa solicitar uma AIC. Ela consiste numa solicitação de autorização de
voo e deve ser enviada 15 dias antes do evento. Nela deverão constar as
características do equipamento, trajeto do voo e capacidade de comunicação.
A segunda licença, CAVE (Certificado
de Autorização De Voo Experimental) é usada por universidades e entidades de
pesquisa. Os objetivos destes VANTs são puramente científicos, tais como
mapeamento de relevos e terrenos, pesquisa de condições climáticas, dentre
outras coisas. Além disso, a entidade deverá pedir também autorização para os
órgãos regionais do Decea, tais como Cindacta I, II, III e IV.
Caso você queira mais informações
sobre o uso dos VANTs/RPAs no Brasil pode consultar a Circular Aeronáutica
AIC, que versa sobre todas as diretrizes para o uso deste tipo de equipamento.
Esperamos ter sanado todas as dúvidas
sobre as diferenças entre drones, VANTs e RPAs que, no fundo, são a mesma
coisa. A diferença mesmo fica por conta do uso que cada um recebe.
Fonte: TechTudo
Seria interessante ressaltar novos usos do Drone como correios dos Estados Unidos que já aderiram a tecnologia! Bom post
ResponderExcluirIsso mesmo, até tem foto do drone da Amazon na quarta foto. Porém receio que em muitos países, incluindo os EUA, esse serviço ainda está em fase de testes.
ExcluirObrigado pelo feedback e pela ideia. Logo mais traremos essa informação para o blog,
ExcluirNice Blog.
ResponderExcluirO Discovery costuma usar VANTs com câmeras para fazer documentários sobre a vida animal. Tópico do pôster muito bem abordado.
ResponderExcluirObrigado pelo elogio!
ExcluirNão só o Discovery como outras emissoras utilizam em seus documentários não só os VANTs como os Drones em si também.
Muito esclarescedor. Falando sobre os usos dos Drones, recentemente o NatGeo fez um episódio na série Breakthrough falando especificamente sobre pesquisas para neutralização de drones militares e outros usos, como resgate e salvamento e até para evitar avalanches. Sugiro à quem se interessar que assista não somente ao episódio em questão, mas toda a série, que é excelente :) http://channel.nationalgeographic.com/breakthrough-series/videos/how-to-neutralize-drones/
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